Dicas sobre a ração do seu amigo de quatro patas

A dosagem da ração é importante? Como devemos conservá-la? Há sinais que nos indicam que não é a ração certa? Todas essas perguntas são respondidas neste artigo!

Os nossos animais merecem o melhor do mundo, e isso começa pela ração que lhes damos diariamente. Se queremos mantê-los saudáveis, felizes e cheios de energia durante muitos anos, temos de ter atenção redobrada na hora de escolher a ração.

A alimentação deve ser equilibrada. Para os manter saudáveis, felizes e ativos durante o máximo tempo possível, a alimentação deve ser equilibrada. No caso do seu cão, deve estar atento a seis grupos de nutrientes principais: proteínas, gorduras/óleos, vitaminas, minerais, carboidratos e água. No caso dos felinos, o equilíbrio correto dos cinco maiores nutrientes: proteína, gordura & óleos, vitaminas, minerais e hidratos de carbono.

Mas há muito mais para saber além disto. Há quem prefira a seca ou húmida, doseada ou não, e até quem a conserve de maneiras diferentes. Para que tome as melhores decisões e esteja atento a pequenos sinais se é a ração certa ou não para o seu animal de estimação, decidimos pedir alguns conselhos ao Dr. Artur Nascimento, médico veterinário. Depois de estar informado, visite a nossa ZU para escolher tudo o que o seu compincha precisa!

 

A dosagem diária é importante? Porquê?

 Tal como verificamos na medicina humana, a obesidade consta como uma das principais doenças a combater. Sendo a sobrealimentação a principal causa de obesidade nos nossos animais de companhia, o controlo da porção diária de ração a disponibilizar aos nossos patudos é, na minha ótica, imprescindível não só para prevenir o desenvolvimento da obesidade (e outras doenças), como também uma ótima forma de educar/definir rotinas aos nossos animais de estimação, tais como:

  1. Horas de refeições (e consequentemente evitar que se aproximem e estejam atentos à nossa comida durante as nossas refeições)
  2. Facilitar rotinas de passeio (defecar e urinar)

O controlo das porções diárias auxilia também o tutor no controlo do apetite do seu animal dando informações úteis sobre o estado anímico do animal.

 

Que fatores podem indicar-nos que a ração que compramos não é a melhor para o nosso animal?

Para além de uma má qualidade do pelo e da dificuldade na manutenção de uma condição corporal ideal, existem outros sinais clínicos a que deveremos estar atentos que nos possam indicar a necessidade de adaptar uma melhor ração ao nosso animal de estimação.

Vómitos, diarreia, prurido, otites, dermatites generalizadas são outros sintomas que podem indicar que a ração escolhida não será certamente apropriada podendo, inclusive, evidenciar a existência de uma alergia alimentar. É imprescindível contactar o seu médico veterinário caso o seu animal de companhia apresente qualquer um destes sintomas.

 

De que forma devemos conservar a ração em casa?

Os métodos de conservação estão intimamente relacionados com o tipo de dieta que o vosso animal de companhia dispõe:

Caso seja ração seca, esta deverá ser mantida na embalagem original, pois ao trocar de recipiente existe grande possibilidade de interferimos com o odor/sabor do alimento, afetando negativamente a sua palatabilidade. Adicionalmente, o tutor deverá ter sempre o cuidado de selar a embalagem após cada utilização de forma a evitar que a ração fique em contacto permanente com ar e se deteriore rapidamente.

Em relação ao local de armazenamento, a embalagem de ração deverá ser mantida em local seco e à temperatura ambiente (nunca ultrapassando os 38ºC) para evitar a decomposição dos seus vários constituintes. O tutor deverá também evitar colocar a embalagem da ração diretamente em contacto com o chão/solo, não só para evitar que este seja penetrado por humidade mas também para protege-lo contra roedores.

Relativamente à ração húmida, tal como na ração seca, o tutor deverá privilegiar o armazenamento num local fresco e seco (antes da abertura). Após abertura, o excedente deverá ser devidamente selado e conservado no frigorífico para manter as suas propriedades, devendo ser consumido num período de 3 dias.

Caso o tutor, seja adepto da utilização de dieta natural ou BARF, deverá implementar exatamente os mesmo cuidados que pratica na confeção da sua alimentação: congelar e cozinhar devidamente os alimentos antes de oferecer ao seu animal de estimação.

Como cuidados transversais a qualquer uma das dietas referidas acima, é vivamente recomendável a verificação da data de validade da embalagem e higienizar frequentemente os comedouros e bebedouros do seu animal.

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